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janeiro 21, 2025

Cobre volta a subir, mas 2025 ainda tem cenário incerto

Os preços do cobre registraram um aumento superior a 6% nos últimos cinco dias de negociação, impulsionados pela maior demanda da China, principal consumidor global desse metal. No fechamento mais recente, os contratos futuros de cobre foram negociados a US$ 4,33 por libra, um avanço em relação aos US$ 4,06/lb registrados em 6 de janeiro. Segundo a S&P Global, esse movimento reflete a forte demanda chinesa, sustentada por estímulos econômicos e restrições na oferta.

Em dezembro de 2024, as importações de cobre da China alcançaram o maior patamar em 13 meses, com um crescimento de 17,8%, totalizando 559 mil toneladas, conforme dados alfandegários divulgados na segunda-feira.

Após um ano de 2024 marcado por instabilidades, os preços do cobre têm se beneficiado de medidas adotadas pela China para revitalizar sua economia, como a redução de taxas de empréstimo, emissões de dívida e flexibilização nas condições de pagamento para aquisição de imóveis.

A criação de programas voltados ao aumento do consumo também tem fomentado a atividade industrial. Além disso, a crescente transição global para energias renováveis, veículos elétricos e inteligência artificial reforça a demanda de longo prazo pelo cobre. Entretanto, o baixo investimento no setor de mineração ainda preocupa especialistas. A S&P Global estima que a produção global de cobre atinja o pico de 23,5 milhões de toneladas em 2026, com uma redução anual de 2,3% até 2035.

Apesar desses fatores positivos, a possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos pode gerar incertezas políticas, especialmente com a proposta de tarifas de 60% sobre produtos chineses e 25% sobre outras importações, o que poderia impactar o comércio e a demanda industrial por metais. Um dólar fortalecido e possíveis pressões inflacionárias também podem levar o Federal Reserve a ajustar as taxas de juros, exercendo pressão adicional sobre os preços do cobre.

Especialistas preveem que os preços do cobre permaneçam altos durante o primeiro trimestre de 2025, favorecidos pelo excesso de capacidade de fundição na China. Contudo, as tarifas propostas por Trump podem limitar essa tendência no segundo trimestre, a menos que Pequim intensifique seus estímulos econômicos.

Segundo Kyle Rodda, analista sênior da Capital.com, “será necessário mais apoio fiscal direto da China, voltado para a construção e o desenvolvimento, para garantir um aumento sustentável nos preços”. Assim, a interação entre os estímulos chineses e as políticas comerciais dos EUA será crucial para determinar o rumo dos preços do cobre ao longo de 2025.

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